A mais polémica representação cinematográfica de São Sebastião deve-se a Derek Jarman (1942-1994). Com música de Brian Eno e Andrew Thomas Wilson, o filme causa estranheza com os seus diálogos em latim.
S. Sebastião, antigo capitão da guarda pretoriana de Diocleciano, passou à iconografia como um mártir, exaltando-se na sua nudez escultural o sacrifício da juventude e da beleza. Contudo, em certas representações, surge uma atitude equívoca do corpo crivado de setas que sugere o que hoje chamamos de masoquismo.
Derek Jarman, com o seu primeiro filme, "Sebastiane", abstraiu-se quase completamente do contexto histórico e da motivação religiosa do personagem para se entregar, com alguma complacência, à hagiografia "desviada" do santo.
Sebastiane, de Derek Jarman, 1976