Mais um ano na estrada percorrida
Vem, como astro matinal, que a adora
Molhar de puras lágrimas de aurora
A morna rosa escura e apetecida.
E da flagrante tepidez sonora
No recesso, como ávida ferida
Guardar o plasma múltiplo da vida
Que a faz materna e plácida, e agora
Rosa geral de sonho e plenitude
Transforma em novas rosas de beleza
Em novas rosas de carnal virtude.
Para que o sonho viva de certeza
Para que o tempo da paixão não mude
Para que se una o verbo à natureza.
Vinicius de Moraes
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Soneto da Rosa
Gloriae Mundi
Alegorias da Vida,
Música,
Poesia,
The Balanescu Quartet,
Vinicius de Moraes