Fiei-me nas promessas que afectavas
Nas lágrimas fingidas que vertias,
Nas ternas expressões que me fazias,
Nessas mãos que as minhas apertavas.
Talvez, cruel, que, quando as animavas,
Que eram doutrem na ideia fingirias,
E que os olhos banhados mostrarias
De pranto, que por outrem derramavas.
Mas eu sou tal, ingrata, que, inda vendo
Os meus tristes amores mal seguros,
De amar-te nunca, nunca me arrependo.
Ainda adoro os olhos teus perjuros,
Ainda amo a quem me mata, ainda acendo
Em aras falsas, holocaustos puros.
Nicolau Tolentino
"Eye to eye stand winners and losers
Hurt by envy, cut by greed
Face to face with their own disillusion
The scars of old romances still on their cheeks
And when blow by blow the passion dies sweet little death
Just have been lies the memories of gone by time
Would still recall the lie (...)"
Propaganda - Duel
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Soneto moral
Silence, John Henry Fuseli, 1799-1801
Horas breves do meu contentamento
Nunca me pareceu, quando vos tinha,
Que vos visse mudadas tão asinha
Em tão compridos anos de tormento.
Os meus castelos, que fundei no vento,
O vento mos levou, que mos sostinha,
Do mal, que me ficou, a culpa é minha,
Pois sobre cousas vãs fiz fundamento.
Amor com falsas mostras aparece,
Tudo possível faz, tudo assegura,
E logo no melhor desaparece.
Oh dano grande, oh grande desventura!,
Que, por pequeno bem, que em fim falece,
Se aventura im bem que sempre dura!
Infante D.Luís (filho de D.Manuel I)
Artur Rubinstein - Liebestraum nº3 Liszt - 1954
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