quarta-feira, 25 de julho de 2012

Les voleurs d'enfants

Robert Doisneau, La petite fille et l' agent, Paris, 1945

"On peut voler à tout âge;
Le cirque est un cerf-volant.
Sur ses toiles, sur ses cordages,
Volent les voleurs d'enfants.

Volés, voleurs ont des ailes
La nuit derrière les talus,
Où les clameurs maternelles
Ne s'entendent même plus."

excerto de Opéra (1927), Les voleurs d'enfants, de Jean Cocteau

jean cocteau - les voleurs d'enfants

domingo, 8 de julho de 2012

A Torre

A Torre, Thoth Tarot Thoth, de Aleister Crowley

Horas breves de meu contentamento
Nunca me pareceu quando vos tinha,
Que vos visse mudadas tão asinha
Em tão compridos anos de tormento.

As altas tôrres, que fundei no vento,
Levou, em fim, o vento que as sostinha;
Do mal que me ficou a culpa é minha,
Pois sôbre cousas vãs fiz fundamento.

Amor com brandas mostras aparece:
Tudo possível faz, tudo assegura;
Mas logo no melhor desaparece.

Estranho mal! Estranha desventura!
Por um pequeno bem, que desfalece,
Um bem aventurar, que sempre dura.

Luís de Camões

sábado, 7 de julho de 2012

Canção de Seikilos

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Perfeição

Vejo a Perfeição em sonhos ardentes,
Beleza divina aos sentidos ligada,
Cantando ao ouvido em voz olvidada
Que do peito irrompe em raios candentes

Que não posso prender. Seu cabelo vem
P'lo peito inocente onde, confundidos,
O ideal e o real são tecidos
E algo de alegre que ao céu fica bem.

Então chega o dia e tudo passou;
A mim regresso em dorido sentir,
Qual marinheiro que o naufrágio acordou

Do sonho de um campo em dia luminoso:
Ergue a cabeça e estremece ao ouvir
O rumor da descida ao abismo penoso.

Alexander Search, in "Poesia"

Sheila Metzner
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